Nem tudo pode ser só seriedade. A busca incessante do ser humano passa também por entre as novelas, revistas femininas, Bob Esponja e Mamonas Assassinas da vida... É o que eu chamo de dose de inutilidade ou futilidade controlada.
A vida séria e dedicada à assuntos "adulto-político- filosóficos" em torno das descobertas profundas da humanidade, dos estudos dirigidos à qualquer ciência - da construção de uma cerca até física neo-quarkiana - não pode ser levada a cabo de um pensamento linear, quase cego.
Tá, para não complicar (porque até eu tô achando muito científico isso aqui) serei claro:
É muito chato conversar com alguém que só tenha assuntos sérios; que fale apenas de trabalho, ou só fala de política, ou da superioridade atingida nesse ou naquele estágio, disso ou daquilo...
Não viu a novela ontem, não?
Sou a favor do que esses chatos chamam de "alienação". Não me sinto menos inteligente por assistir ao Big Brother, não me sinto afetado pelo Jornal Nacional, influenciado pela maldita novela de todo dia ou enfeitiçado pelo cinema americano de mentira. Aliás me considero muito mais influenciado pela cultura latino americana do que pelos amigos "donos do mundo"do norte.
Me espanta é alguém não pensar, não refletir, não ter o discernimento suficiente para separar a cultura da futilidade, o trabalho da brincadeira ou a arte do lixo. Isso sim é grave.
Acredito que se pode assistir ou consumir de tudo, tudo mesmo, desde que com o senso crítico ligado - não é qualquer teoria da conspiração que vai afetar meu cérebro - embora o de muitos acredite em qualquer bobagem que lê. - Ah mas tava escrito em tal lugar, foi o fulano que disse então é verdade incontestável...
Deus me proteja destes que andam com "cabeçadas de burro" e só conseguem enxergar em uma direção; que se passarem perto da cultura das massas perderão instantaneamente toda bagagem adquirida na vida e se misturarão à patuléia, escrava dos americanos....ha ha ha
Enquanto a caravana passa, os cães ladram e eu assisto a minha novela bem descansado. Afinal um dia é de Kant, García Marques, Portinari e dos estudos jurídicos, mas o outro é do Big Brother... ou do Pato Donald!