quarta-feira, maio 04, 2005

Lei Animal II

Os Afro-religiosos sustentam que o sacrifício de animais advém da ancestralidade; da Bíblia e suas centenas de exemplos de imolações e sacrifícios, dizem até que quando Deus enviou os mandamentos a Moisés lá estava: - Não matarás! Mas não dizia não matarás animais. Acreditam que os animais não têm uma "alma individualizada" e, inclusive, a sua alma será beneficiada com a experiência.
Vale a pena ler o que diz o site "Reino de Oxum" sobre sacrifícios de animais.

Trecho:
"Logo, ao sacrificarmos animais, dentro de uma ritualística própria, organizada e dirigida a um determinado fim, não estamos matando um ser vivo com alma individualizada, um ser que possui um direcionamento kármico definido e que a morte através do sacrifício esteja brutalmente sendo interrompida.
O segredo dessa história está em que na morte do ser humano não existe transformação da energia, já que somente o corpo material se desagrega, o espírito não.
No caso dos animais o seu Nephesh retorna ao seu lócus original, sendo absorvida pela Alma Grupo e devidamente transformado em experiência e outros atributos em benefício da mesma."


Tá e como eles têm certeza de que os animais não possuem uma alma individualizada? De onde tiraram que é uma "alma de grupo"? Perguntaram para algum animal? Com certeza alguma galinha preta (afro-descendente) cacarejou no ouvido de alguém: "- Ó, meu nephesh será absorvido pela alma grupo e eu serei beneficiada por esta experiência, por favor me mate!"
Os indianos acham que a vaca é sagrada; eu acho que o churrasco é sagrado, e aí? São crenças, pensamentos sem base nenhuma, achismos, chutes, enfim...

É muito fácil inventar uma teoria (crença) por quem não pode se defender. Assim eu posso fundar uma religião e dizer que crianças até 6 meses, por exemplo, não desenvolveram ainda uma "alma individualizada", pois não falam, não raciocinam, não têm uma visão completa da vida, etc... E aí? Vamos sacrificar os bebês????

Voltando ao tema... A principal razão para aprovação da lei na Assembléia Legislativa foi a de que não há diferença entre abater uma ave no frigorífico e abater para fazer sacrifícios em cultos religiosos. Acho ponderável e concordo plenamente, mas porquê a lei não especifica "aves"? Ou "galinha"???

Do jeito que está nenhum animal está livre, o seu queridinho yorkshire, os papagaios da Getúlio, o seu amado gatinho, o poodle da madame e o pit bull do pit boy, o tatu do sítio, etc... O que me impede de entrar no Zôo de Sapucaia do Sul com uma arma e começar a abater leões, zebras e elefantes para o meu ritual afro? Salvem as baleias? Sim, por esta lógica os baleeiros também podem praticar seus rituais afro. Urso panda? Ainda bem que só restam meia dúzia e na China... Se aparecer algum por aqui, pode parar na esquina com uma vela na cabeça e milho esparramado em volta!

Sim, estou sendo exagerado e sarcástico, mas isso é muito revoltante para eu permanecer calado!!!

Ps. Começo a entender as Cruzadas e a Jyhad....

Um comentário:

Kaka disse...

Concordo em gênero, número, grau e poodles contigo. Ridículo uma lei ser aprovada baseada em crendices populares para fins tão retrógados.
Adorei o texto, tá no estilo meio, digamos, do contra...
Hahahaha
:-)